Petrobras Longboard Classic

Seis cariocas estão entre os oito classificados para as oitavas-de-final. Phil Rajzman volta a quebrar recordes na Praia de Ipitanga

Os cariocas dominaram as ondas da Praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, na Bahia, e conseguiram seis das oito vagas das quartas-de-final do Petrobras Longboard Classic, terceira etapa do Circuito Brasileiro da modalidade. Como na véspera, neste sábado Phil Rajzman foi o grande destaque do dia, quebrando seu próprio recorde de maior soma, com 15,67, na sua vitória sobre o paulista Alexandre Abolição.  Além da disputa entre os profissionais, a partir das 9h, o domingo terá ainda as finais das categorias supermaster (mais de 50 anos) e feminino amador. Toda a competição e resultados podem ser acompanhados ao vivo.

Phil Rajzman
Além de Phil, os outros cariocas que se classificaram para as quartas-de-final foram Marcelo Freitas, Roger Barros, Jeremias da Silva, o Mica, Rodrigo Sphaier e Jeferson da Silva. Os “penetras” na festa foram o baiano radicado em São Paulo Carlos Bahia e o paulista Danilo Mullinha Rodrigo.

A briga pela liderança do ranking continua na Praia de Ipitanga, pois dos seis primeiros, apenas o carioca André Deka Luiz, o quarto, perdeu neste sábado, para Marcelo Freitas, que está em segundo. No primeiro duelo do dia, entre dois surfistas do Recreio dos Bandeirantes, Freitas venceu por 12,66 a 12,06 pontos. “Na hora de nossa bateria, logo de manhã, o mar estava muito difícil. Acho que a escolha de ondas foi decisiva. O Deka é o atual campeão brasileiro, um ótimo competidor, que dificilmente desperdiça as ondas. Consegui logo duas ondas boas, o que me deixou mais tranqüilo”, explicou.
Carlos Bahia
Freitas terá pela frente outro surfista do Recreio dos Bandeirantes, Roger Barros, que passou pelo paulista Rodnei Costa por 13,66 a 8,30 pontos. “Não existe essa de confronto. Surfamos juntos e nos divertimos no mar, mas na competição cada um vai tentar fazer o seu surfe e quem pegar as melhores ondas vai vencer”, disse Freitas.

Mais jovem campeão brasileiro de longboard, em 2006, com 18 anos, Roger, além do local de treino, temem comum com Freitas o fato de terem priorizado outras atividades profissionais antes de voltarem a se dedicar ao Circuito, este ano. “Com a criação da Associação Brasileira de Longboard este ano, o esporte ganhou valorização, mais etapas, e passou a compensar esta dedicação maior”, disse o sexto colocado do ranking, que também atribuiu sua vitória, basicamente, a uma boa escolha de ondas.
Marcelo Freitas
Quem, porém, teve ondas de sobra foi Phil Rajzman. O campeão mundial de 2007 deu um show com manobras radicais, como aéreos e batidas muito fortes. Phil se deu ao luxo de descartar uma onda com nota 7,5 em seu somatório. “Estava ventando muito durante toda a manhã e, na bateria anterior à minha, veio uma chuva com vento e comentei com a minha namorada que aquilo era um bom sinal. Na hora da minha bateria tudo parou, o vento ficou bom, as ondas começaram a vir mais lisinhas. Hoje estava bem conectado com o mar, e isso é fundamental. Muitas vezes você pode estar bem fisicamente, mas se a onda boa não vier e vier para o seu adversário, mesmo que ele não esteja tão bem, ele te vence”, disse Phil, que está em quinto do ranking.

O líder do ranking, Danilo Mullinha, passou por um susto, mas conseguiu garantir sua vaga com uma virada emocionante. Mullinha ficou quase 15 minutos em segundo lugar em sua bateria, mas, nas duas últimas ondas, superou Rogério Vasconcellos, o último baiano da competição. “Tomei um susto, mas não adiantava pegar qualquer onda. Tive paciência e as ondas apareceram, ainda bem”, contou Mullinha
André Deka Luiz
Se na categoria profissional os cariocas dominaram, na supermaster os paulistas deram o troco, com dois surfistas entre os quatro classificados para a final: Mauro Raposo e William Ferreira. Os outros finalistas são Adolfo Jordão, do Rio de Janeiro, e Carlos Moraes, da Bahia.

HOMENAGEM A OLIMPINHO
Os competidores do Petrobras Longboard Classic deixaram a disputa de lado por um momento e se uniram para homenagear Olimpio Batista, o Olimpinho, falecido em 2006. Baiano de Amaralina, Olimpinho era um dos surfistas mais queridos do Circuito e foi campeão nacional em 2002. Os competidores fizeram um círculo e a tradicional cerimônia da água, numa cena emocionante. Rico de Souza, organizador da competição, decidiu criar o Troféu Olimpinho para a próxima edição do Petrobras Longboard Classic que acontecer na Bahia. “Foi uma cerimônia tradicional e simples, mas o que importa é que nós todos continuamos carregando o Olimpinho em nossos corações”, disse.
Homenagear Olimpio Batista, o Olimpinho, falecido em 2006
A primeira etapa do Circuito Petrobras Longboard Classic 2011 tem o patrocínio da Petrobras e o apoio da Prefeitura de Lauro de Freitas, SPU (Secretaria do Patrimônio da União), ABL (Associação Brasileira de Longboard), FBSurf (Federação Baiana de Surf), ASPI (Associação de Surf da Praia de Ipitanga), American Airlines, Revista Coquetel, Guinness Book e Hotel Mamelucos.



Adiv Surf

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