Leila Hurst vence o Arnette ASP World Junior Championship

O título feminino do Quiksilver Arnette ASP World Junior Championship, segunda etapa do ASP World Junior Championship foi para a havaiana Leila Hurst. Na bateria final, ela derrotou a francesa Joanne Defay e garantiu o lugar mais alto de pódio de maneira invicta e incontestável. Além dos cinco mil dólares de premiação ela também garantiu 10 mil pontos no ranking. "Estou muito feliz com este título. A semana no Rio de Janeiro foi fantástica. O lugar é lindo, as pessoas são incríveis, o evento foi sensacional, a comida é ótima, enfim só levarei boas recordações para casa. Posso definir como mágico", elogiou a havaiana de 18 anos que teve a torcida da mãe durante a competição.

Crédito ASP
Na bateria final, com duração de 35 minutos, Leila liderou de ponta a ponta e não deu chances para a francesa, que não conseguiu mostrar seu surfe. Logo nos primeiros cinco minutos, a havaiana arrancou um 8,5 dos juízes e em seguida com outro 7,00 aumentou ainda mais a diferença para Joanne. "O mar estava muito difícil. As condições mudaram no decorrer da bateria, entrou um vento estranho e as ondas não vinham. Mas dei sorte nas ondas que escolhi e consegui boas notas logo no começo da série. Foi o que me deu mais tranqüilidade até o fim. A Joanne também está de parabéns fez um excelente campeonato", completou.

O domingo (30), de sol e praia cheia no Rio de Janeiro começou com uma chamada às 9h. Sem ondas no Arpoador, a organização do evento decidiu colocar a categoria feminina no mar às 11h, e, pelo segundo dia consecutivo, a competição foi transferida para a Praia do Diabo. Foram realizadas seis baterias que definiram as finalistas do mundial sub-20. A brasileira Joana Meneghel caiu ainda nas quartas de final e Monik Santos chegou às semifinais mas foi superada pela havaiana Leila Hurst.

Na primeira bateria semifinal, o Brasil deu adeus ao sonho do título do Quiksilver apresenta Arnette ASP World Junior Championship. A pernambucana Monik Santos foi superada pela havaiana Leila Hurst que desde o começo de sua série imprimiu um ritmo muito forte e não deu chances para que a brasileira fizesse a festa em casa. "Estava muito apreensiva para a semifinal porque tinha assistido a bateria da Monik e vi que ela tinha potencial e vinha fazendo uma competição muito forte. Mas tive sorte na escolha das ondas, dei o meu melhor como venho fazendo durante todo o campeonato e estou muito feliz por ter passado a grande decisão", disse a havaiana.
Leila Hurst
Embora tenha sido eliminada, Monik Santos reconheceu a superioridade da adversária na semifinal. "A Leila teve mais sorte na escolha das ondas e mereceu vencer. Estou feliz em ter chegado até aqui, operei meus dois ombros e estar surfando novamente em alto nível já é uma vitória. Vou continuar trabalhando forte e na busca por um patrocinador para seguir em frente", comentou a brasileira.

A segunda a garantir vaga na grande final foi a francesa Joanne Defay. A surfista, que foi eliminada na semifinal na primeira etapa do ano em Bali, desta vez não vacilou e deu um verdadeiro show na semifinal. A francesa teve a maior nota (9,57) e a melhor média do dia (17,57). "Estava com a prioridade na bateria e quando vi a onda se formando não pensei duas vezes, remei em direção a ele fiz o meu melhor. Estou muito feliz por ter passado para a decisão e quero levar este título mundial para a Europa", disse a francesa que é campeã européia na categoria.

A primeira a garantir a vaga nas semifinais foi a brasileira Monik Santos. Em uma bateria com poucas ondas, a local de Maracaípe, teve sorte na escolha das ondas e derrotou a japonesa Nao Omura. "O mar está muito difícil e tem que ter sorte na escolha das ondas. O mar do Diabo é bem diferente do Arpoador e consegui escolher uma boa onda logo no começo da bateria. Agora tenho que focar e ver se consigo ganhar um bom presente de aniversário antecipado", disse a pernambucana, que completa 20 anos nesta segunda-feira.

Na segunda bateria do dia, a havaiana Leila Hurst surpreendeu a segunda colocada do ranking, a australiana Dimity Stoyle, que vinha liderando até os sete minutos finais. Com uma onda perfeita, onde conseguiu executar três manobras completas, a havaiana, nona colocada no ranking, virou a série com uma nota 8,57 e depois para completar ainda levou um 8,07, não dando chances à adversária. "Estou muito contente porque estava perdendo em algumas baterias em que poderia ter vencido. Na primeira etapa do ano em Bali a Dimity me desclassificou e queria devolver essa derrota. Estou amando o Rio de Janeiro e aproveitando ao máximo", disse a havaiana.

A terceira bateria eliminou a brasileira Juliana Meneghel. A paulista não conseguiu se encontrar em sua série enquanto que a francesa teve duas notas altas (7,53 e 7,03) e avançou para as semifinais. "A verdade é que fiquei meio perdida no início da bateria porque ainda não tinha surfado no Diabo mas me adaptei bem e achei as ondas. Estou muito feliz e não mudarei nenhuma estratégia até o fim", disse a francesa.
Encerrando as quartas de final, a australiana Philippa Anderson venceu a sul-africana Heidi Palmboom e se manteve viva na briga pelo título.

Classificação final Feminino
1 Leila Hurst
2 Joanne Defay
3 Monik Santos
3 Philippa Anderson
5 Nao Omura
5 Dimity Stoyle
5 Juliana Meneghel
5 Heidi Palmboom
9 Natali Paola Peixoto
9 Gabriela Leite
9 Wendy Guimaraes
9 Bárbara Muller
9 Carol Fernandes

Por Felipe Costa Barros / Fotos ASP

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